Além disso, oito
municípios já estão em caso de alerta, como no caso de Manaus, segundo
levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde
Cinthia Guimarães
Este ano já foram
registrados 1.286 casos de dengue no Amazonas, o que significou uma redução de
41,25% na transmissão na comparação com o mesmo período de 2014, quando foram
detectados 2.189 casos, de acordo com o Levantamento Rápido de Índices para
Aedes aegypti (LIRAa), divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.
No entanto, sete
municípios do Amazonas estão em situação de risco para a ocorrência de
epidemias de dengue e febre chikungunya. São eles Guajará (5,9), Itacoatiara
(5,9), Lábrea (6,1), Maués (4,5) e Novo Airão (4,8), que integram uma lista com
340 municípios brasileiros classificados como de risco apresentar larvas do
mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados.
Manaus está na
lista de municípios em estado de alerta para a epidemia de dengue, com 437
casos identificados nos meses de janeiro e fevereiro, embora o índice de
residências com foco do mosquito Aedes aegypti tenha diminuído de 3,9% em 2014
para 3,5% nos dois primeiros meses deste ano.
Também figuram na
lista de cidades cujo número de focos da dengue é preocupante Coari (1,9),
Japurá (2,3), Manacapuru (3,7), Manicoré (3,2), Novo Aripuanã (1,7), São
Gabriel da Cachoeira (3,6) e Tefé (2,8).
Quanto mais focos
de larvas em água parada em quintais e terrenos baldios, mais riscos a
população apresenta de contrair a dengue.
O LIRAa é
considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da
dengue e chikungunya. O levantamento identifica os bairros onde estão
concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor das doenças e os
tipos de recipientes com água parada, que servem de criadouros mais comuns. A
pesquisa proporciona informação qualificada para atuação das prefeituras nas
ações de prevenção e controle, permitindo a mobilização de outros setores, além
das secretarias de saúde, como os serviços de limpeza urbana e abastecimento de
água.
Índice
O índice utilizado
no LIRAa leva em consideração a percentagem de casas visitadas com larvas do
mosquito Aedes aegypti. Os municípios classificados como de risco apresentam
larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado
estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do
mosquito; e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de residências com
larvas do mosquito.
Em entrevista
coletiva, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, pediu que as famílias reservassem
15 minutos para fazerem uma vistoria em casa e eliminar qualquer situação que
possa acumular água parada, servindo de criadouro do mosquito. “São medidas
simples, como tampar caixas-d’água, retirar pratos de vasos de plantas, limpar
calhas, lavar vasilha de água de animais, entre outros recipientes de estocagem
de água”, alertou.
Chikungunya
Quanto à febre
chikungunya, houve seis casos identificados em Manaus, mas todos eles foram “importados”
de pessoas que contraíram o vírus em países que fazem fronteira com o Brasil.
Mais de 224 mil
casos no País
Até 7 de março,
foram registrados 224,1 mil casos de dengue no País, tendo havido redução no
número de óbitos.
A região Nordeste
concentra a maioria dos municípios com índices de risco de epidemia de dengue
(171); seguido do Sudeste (54); Sul (52); Norte (46); e Centro-Oeste (17).
Esse panorama
varia entre as regiões. Enquanto nas regiões Sul, Norte e Centro-Oeste a
maioria dos focos está no lixo, no Nordeste o armazenamento de água é a
principal fonte de preocupação. Já no Sudeste a maioria dos focos foi
encontrado nos depósitos domiciliares.
Pelo levantamento,
Cuiabá (MT) é a única capital em situação de risco. São 18 as capitais que apresentaram
índice de alerta - Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande
(MS), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM),
Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro
(RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
Além de ajudar os
gestores a identificar os bairros em que há mais focos de reprodução do
mosquito, o LIRAa também aponta o perfil destes criadouros.
Fonte: http://acritica.uol.com.br/noticias/manaus-amazonas-amazonia-sete-municipios-Amazonas-risco-epidemia-dengue-febre-chikungunya-manaus-saude-doencas_0_1319868003.html
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