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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PF CONCLUI INQUÉRITO E PEDE PRISÃO PREVENTIVA DE ÍNDIOS EM HUMAITÁ



Acusados de matar três homens que atravessavam a reserva indígena estão em prisão temporária; caso está agora com o Ministério Público Federal

Chico Siqueira
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que apurou a morte de três homens na Terra Indígena Tenharim Marmelos, em Humaitá, no sul do Amazonas. O caso está agora com o procurador Edmilson da Costa Barreiros Júnior, do 2° ofício do Ministério Público Federal (MPF), de Manaus, que deverá decidir pela denúncia dos cinco índios tenharins presos acusados pelos crimes.

No inquérito, o delegado Alexandre Alves, pede que a prisão temporária dos índios seja transformada em prisão preventiva. O pedido foi feito por Alves ao juiz Márcio André Lopes Cavalcante, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Manaus. Mas, segundo o advogado Carlos Terrinha Almeida de Souza, além da modificação na prisão dos índios, o delegado também pede a prisão de outros 25 índios, acusados de coparticipação nas mortes. A informação não foi confirmada pela Justiça Federal e nem por Alves, que alegou sigilo profissional.

Souza defende as famílias do professor Stef Pinheiro de Souza, 43 anos, do representante comercial Luciano Ferreira Freire, 30, e do técnico Aldeney Ribeiro Salvador, de 40, seqüestrados e mortos em 16 de dezembro quando atravessavam a área indígena. Os corpos só foram encontrados numa vala no dia 3 de fevereiro, e enterrados, sob clima de protesto.

A suspeita é (de) que os índios tenham matado os três homens em vingança pela morte do cacique Ivan Tenharim, após um acidente de motocicleta, em 3 de dezembro.

"No relatório, que tem 60 páginas, o delegado pede a prisão de mais 25 pessoas, na maioria índios, acusados de coparticipação no crime", disse o advogado. Segundo ele, os índios tinham conhecimento dos crimes e atuaram para esconder a autoria das mortes.


Fonte: www.estadao.com.br

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