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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

HOMENS COMPLETAM 30 DIAS DESAPARECIDOS EM HUMAITÁ E FUNAI SILENCIA SOBRE MORTE DE CACIQUE



Por Roberto Brasil
Angústia e desespero tomam conta a cada dia dos familiares e amigos do representante comercial Luciano Ferreira Freire, do professor Steff Pinheiro de Souza e do funcionário da Eletrobrás Amazonas Energia Aldeney Ribeiro Salvador desaparecidos há 30 dias.

A última localização do grupo, que estava num carro modelo Gol de cor preta, foi nas proximidades do quilômetro 130 da Transamazônica (BR-230), dentro da reserva indígena, entre os municípios de Humaitá e Manicoré, no dia 16 de dezembro do ano passado. A área é conhecida e tem domínio dos Tenharim Marmelo.

Após o sumiço uma onda de protesto da comunidade branca e indígena começou. Sequências de informações e boatos surgiram também. Uma das principais, que o desaparecimento dos três, teria motivação pela morte do cacique indígena Ivan Tenharim. Vingança ou não. Sequestro ou não. O certo é que apesar do aparato federal e estadual instalado na região, dos homens da Polícia Federal, Exército e Peritos da Policia Civil e Polícia Militar, após a repercussão nacional e internacional negativa sobre o caso.

O órgão FUNAI, principal guardião dos indígenas, não esclareceu a imprensa, as circunstâncias da morte do cacique Tenharim. Assim como nenhum vestígio sobre o desaparecimento do professor, do funcionário da Eletrobrás e do representante comercial surgiu até agora. Enquanto as interrogações prosseguem, é feito um trabalho para amenizar o sentimento de revolta dos familiares dos desaparecidos e dos parentes do cacique indígena.

Após 30 dias esses fatos ficam como mais uma, das muitas tragédias, da lendária e inacabada BR-230 da Transamazônica.

/// Hudson Lima – Enviado Especial do BLOGdaFLORESTA

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