O Delegado do Grupo da Força Especial de Resgate e
Assalto (FERA), Fábio Martins,disse que a prisão de Reinilton dos Santos
Ferreira, ocorreu porque ele atingiu com duas facadas o
Investigador e Chefe de Polícia do 73º Distrito de Integrado de Polícia (DIP)
de Novo Aripuanã, Jadson Nobre.
Natural de Quixabeira, Bahia, o Fábio mora no
Amazonas há seis anos e foi preso na tarde da última sexta-feira em Novo
Aripuanã, distante 225 quilômetros de Manaus.
O fato ocorreu após Reinilton ter se recusado a
assinar, como testemunha, no caso de investigação que culminou na prisão de
Edimar do Nascimento Pereira, vulgo "Dimas", detido na
quinta-feira por envolvimento em um forte esquema de tráfico de
drogas na região daquele município. Por ter se recusado a assinar os documentos
policiais, o homem logo foi liberado, mas retornou posteriormente à delegacia
armado com uma faca de açougueiro, com a intenção de esfaquear o policial.
Nobre foi atingido com dois golpes. Um na região do
pescoço e outro na altura do ombro. Logo após o ocorrido, a vítima foi
socorrida e conduzida até a unidade de saúde de Novo Aripuanã, onde se
recupera. O estado de saúde do investigador é estável.
O fato chocou os populares de Novo Aripuanã,
município com pouco mais de 22 mil habitantes, segundo estimativa de 2012 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Policiais do FERA foram
até a cidade para acompanhar o translado de Ferreira até Manaus. Após os
procedimentos policiais cabíveis, Ferreira será conduzido para a cadeia pública
Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, onde aguardará o julgamento pelo crime de
tentativa de homicídio.
De acordo com o delegado do FERA, Fábio Martins, o
processo de investigação sobre este caso continuará, em razão da suspeita de que
Ferreira tenha invadido a delegacia para matar o chefe de investigação a mando
de outra pessoa, com o objetivo de quitar uma possível dívida com os líderes do
tráfico. “É quase impossível conceber que alguém invada uma delegacia para
matar um policial, sabendo que possivelmente será preso, sem que esteja sendo
pressionado. Isso nos leva a concluir que provavelmente há alguém por trás
deste caso, por isso a polícia continuará investigando”, finalizou Martins.
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