A Casa Civil trabalha na mensagem governamental que
será enviada à ALE e cria os cargos para o concurso público, que será anunciado
oficialmente pelo governador.
Manaus– A
Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) lançará concurso público até
o fim do ano com 261 vagas para fisioterapeutas, segundo anunciou o
secretário-executivo adjunto de Atenção Especializada da capital, Wagner
William de Souza, durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado
(ALE).
Conforme Souza, a Casa Civil do governo trabalha na
mensagem governamental que será enviada à ALE e cria os cargos para o concurso
público, que será anunciado oficialmente pelo governador Omar Aziz. A Agência
de Comunicação do Governo (Agecom) confirmou que o governador fará o anúncio,
mas não detalhou quando.
A audiência, requerida pelo deputado estadual Luiz
Castro (PPS), discutiu sobre a legislação que obriga a permanência dos
profissionais nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e que é descumprida.
Para o presidente da Associação de Fisioterapeutas
do Amazonas (Asfiam), o fisioterapeuta Daniel Xavier, a resposta da Susam
atende em parte o pleito dos profissionais porque abrirá novos campos de
trabalho para os profissionais formados.
“Apesar de termos esse universo de 5 mil
profissionais, sabemos que apenas 1,6 mil estão atuando no mercado, já que a
oferta de vagas ainda é escassa. Estamos fazendo essa grande mobilização pra
mudar a história da nossa categoria em Manaus e acreditamos que esse é o
momento”, disse.
Daniel ressaltou que praticamente todas as unidades
de saúde do Estado e município, que possuem Unidades de Terapia Intensiva
(UTIs), descumprem a legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) que obriga a permanência de fisioterapeutas pelo período mínimo de 18
horas.
O levantamento da Asfiam aponta a necessidade de
contratação imediata de 76 profissionais para atuar nas UTIs da rede pública,
incluindo as maternidades que possuem leitos de Unidades de Terapia Intensiva
Neonatais.
Ele destacou os prejuízos sofridos pelos pacientes
por conta da falta de atendimento fisioterapêutico, já que o trabalho intensivo
dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações do quadro respiratório do
paciente da UTI, reduz o sofrimento e permite a liberação mais rápida e segura
das vagas dos leitos hospitalares.
“A atuação do fisioterapeuta também diminui os
riscos de infecção hospitalar e das vias respiratórias, proporcionando uma
economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e
outros medicamentos de alto custo”, disse.
As Resoluções RDC 7 e nº 26 da Anvisa, estão em
vigor desde 2010 e estabelecem os requisitos mínimos para o funcionamento das
UTIs instaladas em hospitais públicos, privados ou filantrópicos, civis ou
militares.
Fonte: www.d24am.com
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