Por Roberto Brasil
Da Redação – Uma das investigações da
Polícia Federal sobre o desaparecimento e morte do professor Stef Pinheiro, do
representante comercial Luciano Freire e do técnico da Eletrobrás Aldeney
Salvador é que os índios Tenharim Marmelo tenham premeditado o ato. Essas
pessoas sumiram dia 16 de dezembro na Transamazônica dentro da reserva indígena,
entre Humaitá e Apuí.
Há duas semanas o
BLOGdaFLORESTA soube através de uma fonte militar, envolvido nas buscas, que os
três foram mortos com requintes de crueldade em retaliação ao falecimento do
Cacique Ivan Tenharim, ocorrido dia 3 de dezembro. Ivan Tenharim foi
encontrado, segundo a versão dos indígenas, ainda com vida às margens da BR
230, Rodovia Transamazônica, pelo seu sobrinho Marcos no caminho entre o
Distrito de Matupi (km 180) e a aldeia no dia 02. Mas não resistiu e morreu.
“Uma testemunha
viu o cacique num bar localizado antes da reserva. Após consumir álcool saiu de
moto. Caiu, acabou falecendo, um carro vinha na estrada e prestou os primeiros
socorros. Aí uma indígena viu a movimentação, chamou os demais índios. Eles
imaginaram que os passageiros haviam atropelado o Cacique. Confundiram tudo.
Por isso planejaram a execução. Mais de dez dias depois executaram o que havia
arquitetado, parando o veículo na qual estavam esses três rapazes”, contou a
fonte.
O informante
relata que depoimentos colhidos dentro da aldeia apontaram a selvageria da
morte de Stef, Luciano e Aldeney Salvador. “Pelo apurado um grupo de índios fez
barreiras e abordaram os rapazes. Utilizaram armas de fogo e cassetetes.
Espancaram até a morte. Em seguida cortaram os corpos utilizando motosserra.
Depois destruíram o veículo. E jogaram os pedaços das pessoas num igarapé
dentro da aldeia. Será muito complicado encontrar alguma evidência dos corpos,
pois o local é cheio de piranhas”, relatou o militar.
O planejamento da
barbaria foi incitado indiretamente até por pessoas ligadas à FUNAI, que em
artigos nos sites colocaram em suspeitas o real motivo da morte do cacique
Teranhim. Já o site RondôniaAgora publicou na sexta-feira, 31, que o professor
Stef Pinheiro e Luciano Freire teriam sido mortos a tiros pelos indígenas no
interior do veículo, enquanto Aldeney Salvador foi degolado. A informação,
segundo o site, foi repassa pelos delegados Arcelino Damasceno e Alexandre
Alves aos parentes das vítimas, que acompanham o caso na cidade de Porto Velho,
Rondônia, para onde os índios acusados foram levados pela PF.
“Quem garante que
a justiça vai manter esses índios presos? Prisão nenhuma vai amenizar a dor que
estão sentido. A esperança era que eles fossem encontrados vivos, mas isso
acabou. A gente tá sentindo muito a falta dele”, afirmou Stefanon Pinheiro, o
irmão do professor Stef Pinheiro, ao site.
Em nota a Polícia
Federal confirma os crimes dentro da reserva. “As conclusões da investigação
apontam para a ocorrência de homicídio praticado pelos presos dentro de uma das
aldeias e posterior ocultação dos cadáveres. Os corpos ainda não foram
localizados. Durante os trabalhos da Força Tarefa foram percorridos
aproximadamente 270 hectares, delimitados pela investigação, e encontrados, no
interior da terra indígena, peças do veículo ocupado pelos desaparecidos”.
O clima em
Humaitá, desencadeado após o falecimento do cacique e o desaparecimento dos
três, ainda é tenso entre a comunidade de branca e de índios.
/// Hudson Lima
Fonte: blogdafloresta.com.br
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