Acusados de matar três homens que atravessavam a reserva indígena estão em prisão temporária; caso está agora com o Ministério Público Federal
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito
que apurou a morte de três homens na Terra Indígena Tenharim Marmelos, em
Humaitá, no sul do Amazonas. O caso está agora com o procurador Edmilson da
Costa Barreiros Júnior, do 2° ofício do Ministério Público Federal (MPF), de
Manaus, que deverá decidir pela denúncia dos cinco índios tenharins presos
acusados pelos crimes.
No
inquérito, o delegado Alexandre Alves, pede que a prisão temporária dos índios
seja transformada em prisão preventiva. O pedido foi feito por Alves ao juiz
Márcio André Lopes Cavalcante, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de
Manaus. Mas, segundo o advogado Carlos Terrinha Almeida de Souza, além da
modificação na prisão dos índios, o delegado também pede a prisão de outros 25
índios, acusados de coparticipação nas mortes. A informação não foi confirmada
pela Justiça Federal e nem por Alves, que alegou sigilo profissional.
Souza
defende as famílias do professor Stef Pinheiro de Souza, 43 anos, do
representante comercial Luciano Ferreira Freire, 30, e do técnico Aldeney
Ribeiro Salvador, de 40, seqüestrados e mortos em 16 de dezembro quando
atravessavam a área indígena. Os corpos só foram encontrados numa vala no dia 3
de fevereiro, e enterrados, sob clima de protesto.
A suspeita
é (de) que os índios tenham matado os três homens em vingança pela morte do
cacique Ivan Tenharim, após um acidente de motocicleta, em 3 de dezembro.
"No
relatório, que tem 60 páginas, o delegado pede a prisão de mais 25 pessoas, na
maioria índios, acusados de coparticipação no crime", disse o advogado.
Segundo ele, os índios tinham conhecimento dos crimes e atuaram para esconder a
autoria das mortes.
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Fonte: www.estadao.com.br
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