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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

MOTORISTA QUE DIRIGIA VAN ACIDENTADA DIZ QUE FUGIU COM MEDO DE SER AGREDIDO



José Menezes Domiciano, de 62 anos, se apresentou na tarde de hoje, no 18º DIP. Ele será indiciado por omissão de socorro e por homicídio culposo.
Por: Lívia Anselmo
Manaus - O motorista José Menezes Domiciano, de 62 anos, conhecido como 'Zeca', será indiciado por homicídio culposo - quando não há intenção de matar - e omissão de socorro. Ele estava dirigindo a van escolar que caiu no Igarapé do Passarinho, hoje pela manhã, em Manaus, matando uma criança de seis anos.


Após ter fugido do local na hora do acidente, ele se apresentou espontaneamente na tarde de hoje no 18º Distrito Integrado de Polícia, no Novo Israel. De acordo com o delegado Ivo Martins, titular do 18º DIP, José Menezes disse que se evadiu do local com medo de ser agredido pelas testemunhas. O delegado ressaltou, ainda, que o motorista não vai ficar preso porque se apresentou à polícia.

O advogado  de José, Iran Hudson Carvalho, disse que o cliente não tinha vínculo empregatíscio com a empresa. “Ele trabalhava informalmente. Recebia R$ 700 porque precisava trabalhar”. Ele estava dirigia a van há pouco mais de um ano.  Segundo Hudson, o argumento da desfesa será a falha mecânica do veículo. Além disso, a defesa orientou que o motorista fizesse exame de alcoolemia. Iran não descarta que a empresa possa alegar que o motorista foi o culpado do acidente.

Até o fim da tarde nenhum representante da Van do ‘Tio Miguel’ foi até a delegacia prestar esclarecimento. Segundo o delegado,  havia uma moça identificada apenas como ‘Talia’ responsável pelo embarque e desembarque das crianças e que também não apareceu.

Em depoimento, Menezes afirmou que estava dirigindo sem saber se todas as crianças estavam usando o cinto de segurança, o que é obrigatório de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito. "No momento o carro está passando por perícia para identificar se havia algum problema mecânico que possa ter causado o acidente", informou o delegado, ressaltando que já foi constatado que o tacógrafo - aparelho que alerta sobre o limite de velocidade do carro - não estava funcionando. No entanto, ainda não há evidência de que isso tenha motivado o acidente.

Ivo Martins disse ainda que se for comprovado uma falha mecânica por falta de manutenção, o proprietário da empresa será indiciado, já que “é obrigação da empresa que trabalha com esse tipo de transporte estar regular”.

Durante a tarde, após o acidente, o prefeito Arthur Neto foi ao local do acidente e determinou fiscalização imediata em todas as vans que realizam transporte escolar.

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