A Crítica
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, 58, disse ontem que há duas semanas o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), o procurou, em Brasília “para comentar sobre os problemas que enfrenta diante de alguns colegas de legenda (o PTB).”
No encontro, o prefeito perguntou, disse Jefferson, se haveria problema caso saísse do partido para se filiar a outra legenda. Segundo o presidente do PTB, “ficou acordado que, se Amazonino necessitar sair do PTB, o partido não criará nenhum empecilho”.
Foi Roberto Jefferson quem entregou o comando do PTB do Amazonas ao deputado federal Sabino Castelo Branco, em setembro de 2009. Amazonino que filiou-se à sigla em 13 de setembro de 2007, perdeu o posto de comando e, desde então está abrigado em uma legenda que o deixa em “situação desconfortável” como o próprio prefeito define.
Quando se filiou ao PTB, a direção nacional da legenda fez festa ao novo membro: “a figura do governador Amazonino Mendes transcende o Amazonas. Ele já é o mito de seu Estado, é o construtor, é um gigante. O PTB engrandece ao receber, do Amazonas, a sua figura maior, o seu maior líder”, declarou Jefferson à época.
Amazonino, por sua vez, disse ao assinar a ficha da legenda que analisava “o PTB com um viés um pouquinho diferente do que muita gente vê. Pois é comum examinar o PTB como um partido da tradição, que lembra o velho Getúlio, um partido que participou de tantas lutas no País.
Já eu sinto, vejo e percebo que o PTB é um partido de futuro, talhado e preparado para ajudar no processo político atual”. Há mais de dois meses circulam informações de que o prefeito deixaria o PTB por absoluta falta de espaço.
Quando o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM) começou a convocar nomes para compor o PSD (em processo de formação), o nome de Amazonino Mendes e o do governador Omar Aziz (PMN) foram citados como futuros membros da sigla.
Omar encontrou-se com Kassab e anunciou sua futura filiação no PSD para comandá-lo no Estado. Amazonino disse, por meio da assessoria de imprensa, ter recebido convite do presidente de honra do PDT, ministro do Trabalho, Carlos Luppi, para ingressar na legenda. A possibilidade foi rechaçada por uma ala pedetista e festejada por outra.
O PTB nacional, segundo a assessoria do prefeito, também teria sinalizado com lugar de destaque para Amazonino. Por enquanto, diz o presidente do partido, Amazonino tem a garantia de Jefferson de não sofrer embaraços se deixar o PTB. Garantia de difícil sustentação.
PT tem Sinésio e Praciano
O Partido dos Trabalhadores (PT) ainda estuda qual o perfil ideal para o candidato das eleições municipais de 2012 e, mesmo não tendo lançado oficialmente seus pré-candidatos, já tem dois pretendentes: o deputado estadual Sinésio Campos e o federal Francisco Praciano. Segundo Sinésio, as discussões entre as tendências do PT ainda vão durar um bom tempo. “Acredito que somente no ano que vem, na convenção do partido, é que haja uma decisão sobre o assunto”. Para Praciano, o mais importante é que o PT defina se pretende seguir um programa próprio, ou se prefere fazer parte de programas dos aliados. “Tudo faz parte do jogo político, mas acredito que o partido irá se posicionar bem, como sempre faz”. Ele acredita que o PT deverá lançar candidatura própria, como fez nas últimas eleições municipais.
No PSB, Serafim e mais dois
Para o presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Serafim Correa, nomes não faltam para serem lançados como pré-candidatos da legenda. Segundo o ex-prefeito de Manaus, além dele, Marcelo Ramos e Marcelo Serafim são pessoas cotadas para serem lançadas, mas as discussões sobre o nome a ser escolhido vão continuar, até o fim do ano, quando o PSB receberá o resultado de duas pesquisas; uma quantitativa e outra qualitativa, relacionadas ao possível candidato.
“Atualmente, o partido está sistematizando dados dos problemas que afligem a cidade, até porque, é necessário que quem for o escolhido para representar o PSB tenha condições de argumentar sobre as demandas da população de Manaus. Ainda estamos ouvindo a opinião de pessoas e queremos ampliar a discussão dentro da sigla”.
Fonte: acritica.com
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