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segunda-feira, 25 de julho de 2011

HUMAITÁ E MAIS 4 PORTOS DO AM CONSTRUIDOS PELO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES APRESENTAM PROBLEMAS

Cinco portos fluviais no Amazonas apresentaram problemas e tiveram que ser refeitos ou consertados no último ano. Quatro dessas obras foram concluídas ano passado e os gastos com os cinco portos somam R$ 44 milhões. Segundo a Assessoria de imprensa do Ministério dos Transportes, os problemas nos portos deram-se, na maioria dos casos, porque as obras não suportaram as cheias dos rios amazônicos e os sedimentos levados pelas enchentes.


O Porto de Humaitá teve sua estrutura naval desalinhada por causa de uma poita (peso de ferro) de 28 toneladas que se deslocou antes mesmo de o empreendimento ser entregue oficialmente à fiscalização da Companhia Docas do Maranhão (Codomar) – responsável pelos portos fluviais em todo país. O valor da construção em Humaitá foi de R$12,8 milhões, e o responsável pelo empreendimento foi a Estaleiro do Rio Amazonas (Eram).

O porto de Itacoatiara (176 quilômetros de Manaus) também apresentou problemas: a ponte de acesso ao cais flutuante do terminal hidroviário cedeu no momento em que uma pá carregadeira sobre pneus estava passando na ponte. Nesse caso, como no anterior, o empreendimento não havia sido recebido oficialmente pela Codomar e coube à Eram arcar com os gastos para o conserto. Valor da obra: R$9,2 milhões.

Outro empreendimento da Eram que apresentou problemas foi o terminal de Manacapuru (68 quilômetros de Manaus). Cabos de aço de ancoragem se romperam, o que levou ao desalinhamento de pontes. De acordo com o Ministério dos Transportes, o rompimento se deu por causa de “acúmulo de sedimentos (troncos de árvore e matos) no sistema de ancoragem do porto”, o que teria submetido os cabos de aço a tensões maiores do que as projetadas. A obra está orçada em R$7,9 milhões e não foi concluída.

Dos gastos de R$ 44 milhões, 33,6 milhões foram destinados à Eram. A empresa teve oito aditivos em contratos com Codomar a partir de abril deste ano, mesmo depois do alerta do Dnit sobre sua inidoneidade, o que a proíbe de licitar e contratar com o poder público do Amazonas. A Codemar é vinculada ao Ministério dos Transportes e mantém convênio com o Dnit para obras em terminais hidroviários.

No caso de Parintins (369 quilômetros de Manaus), o porto foi inaugurado inicialmente em 2006 e as obras foram tocadas pelo 2º Grupamento de Engenharia do Exército. Em 2009, o Rio Amazonas subiu muito, e o maior porto fluvial do estado foi invadido pelas águas. As obras de reconstrução foram orçadas em R$10,8 milhões. A obra inicial do porto custou mais de R$14 milhões.

O terminal de Parintins seria reinaugurado por Alfredo Nascimento em 17 de junho, mas a licença ambiental para a obra estava vencida. Em seguida, duas semanas depois, estourou a onda de escândalos no Ministério dos Transportes e no Dnit. E a reinauguração oficial foi suspensa.
fonte: Portal Amazônia

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