A cheia do rio Acre já afeta o município amazonense de Boca do Acre
Com
dois terços da população afetada pela cheia do rio Acre – cerca de 23
mil pessoas -, o município amazonense de Boca do Acre é o oitavo
município do Amazonas a decretar estado de emergência por conta da cheia dos rios, este ano.
O
município é o primeiro do Estado a sofrer os efeitos da cheia do rio
Acre, que já é a segunda maior já registrada naquela região, onde mais
de 60 mil famílias estão sendo afetadas, de acordo dados da Defesa Civil
do Acre.
Segundo
o subsecretário do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec),
Hermógenes Rebelo, Boca do Acre decretou situação de emergência no
último dia 20 de fevereiro e, atualmente, 1,4 mil famílias estão
desabrigadas. No total, 4,7 mil famílias foram afetadas só em Boca do
Acre.
“Sem
dúvidas, Boca do Acre é o município amazonense que mais está sofrendo
com as chuvas e a cheia deste ano. Lá, a cheia está afetando diretamente
a área urbana. Bairros inteiros ficaram debaixo d’água e famílias estão
abrigadas em escolas”, contou.
De
acordo com Rebelo, o rio Acre, em Boca do Acre, está a pouco mais de
dois metros do recorde histórico. O rio atingiu a marca de 17,5 metros e
está bem perto do recorde de 17,66, registrado em 1997. Só no Acre,
seis mil pessoas estão desabrigadas.
Por
conta da situação drástica, o Subcomadec enviou equipes técnicas e
suprimentos – alimentos, medicamentos e roupas de cama – para Boca do
Acre. Mais de 20 barracas de emergência, kits medicamentos e cestas
básicas já foram enviados, além de colchões e 100 filtros
microbiológicos, que ainda serão enviados.
Juruá
Já
nos sete municípios amazonenses da calha do rio Juruá, que já haviam
decretado situação de emergência, a situação está “sob controle”, disse
Rebelo. Segundo ele, o apoio aos municípios já foi enviado e o nível do
rio está estável.
Mas,
de acordo com a Defesa Civil de Guajará, uma das cidades afetadas pela
cheia do rio Juruá, muitas famílias ribeirinhas já foram atingidos pela
enchente e o ano letivo ainda não começou por conta disso.
“Estamos
monitorando os municípios do Alto Solimões, que estão em estado de
atenção, como Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, São Paulo
de Olivença, Amaturá e Santo Antônio do Içá, mas até agora está tudo
dentro da normalidade.”
FONTE:ACRITICA.COM
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