Moyses Marialva dos Santos teve cortes no braço direito, pescoço e em várias partes do rosto
Moyses
Marialva dos Santos, de aproximadamente 50 anos, morreu após cair de
uma lancha no Rio Negro, próximo à Feira da Manaus Moderna, Centro de
Manaus, na tarde desta quarta-feira (20).
Segundo testemunhas, o homem
teria passado mal e caído da lancha e, após tentar voltar para a
embarcação, foi atingido pela hélice, que causou cortes no braço
direito, pescoço e em várias partes do rosto.
O
vendedor Carlos Cardoso, 34, relata que todas as pessoas que estavam na
orla da feira o viram caindo e foram fazer o resgate. “Depois que ele
caiu a lancha ficou rodando no rio e ele, com apenas um braço para fora
da água, gritava pedindo socorro.
Imediatamente chegamos ao local,
desligamos a voadeira e puxamos ele para fora da água. Ele ainda estava
com vida”, relatou.
Edinelson
Gomes de Moraes, 43, faz o transporte de mercadorias na feira há mais
de 20 anos, e afirma que Moyses não era conhecido na área e que acredita
que a falta de experiência pode ter sido um dos fatores principais que
causaram a morte.
“Esse tipo de acidente acontece muito aqui na feira.
Comigo, por exemplo, já aconteceu, mas temos que saber que quando caimos
de uma lancha temos que nos afastar dela quando continua ligada, pois
os cortes que a hélice provoca são muito perigosos”, afirmou.
Segundo
Edinelson, a demora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
também dificultou o salvamento. “É um absurdo a demora do Samu.
Esperamos por mais de uma hora a chegada da ambulância e ele não
resistiu aos ferimentos. Um rapaz até tentou reanimá-lo, mas foi em
vão”, disse.
O
outro vendedor, Simão Peixoto, 42, relata que todas as vezes que
acontecem acidentes no Centro o socorro demora. “É imperdoável uma
pessoa morrer nessas circunstâncias e em plena capital. Se fosse no
interior ainda teriam desculpas a dar”, desabafou.
O
delegado titular do 1º Distrito Integrado de Policia (DIP), Marcelo
Martins, foi ao local do acidente apurar o fato e tentar entrar em
contato com a família da vítima. Segundo ele, foi encontrado no bolso de
Moyses um telefone e alguns documentos bancários.
“Não tivemos sucesso
em nenhum telefone que encontramos na agenda da vítima. Provavelmente
ele estava de passagem no local e não morava na capital”, pontuou.
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