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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Homem morre após cair de embarcação próximo a feira Manaus Moderna

Moyses Marialva dos Santos teve cortes no braço direito, pescoço e em várias partes do rosto

Após cair do bote próximo ao porto da Manaus moderna homem  morre cortado pela hélice da embarcação
Moyses Marialva dos Santos teve cortes no braço direito, pescoço e em várias partes do rosto (Odair Leal)
Moyses Marialva dos Santos, de aproximadamente 50 anos, morreu após cair de uma lancha no Rio Negro, próximo à Feira da Manaus Moderna, Centro de Manaus, na tarde desta quarta-feira (20).
Segundo testemunhas, o homem teria passado mal e caído da lancha e, após tentar voltar para a embarcação, foi atingido pela hélice, que causou cortes no braço direito, pescoço e em várias partes do rosto.

O vendedor Carlos Cardoso, 34, relata que todas as pessoas que estavam na orla da feira o viram caindo e foram fazer o resgate. “Depois que ele caiu a lancha ficou rodando no rio e ele, com apenas um braço para fora da água, gritava pedindo socorro. 

Imediatamente chegamos ao local, desligamos a voadeira e puxamos ele para fora da água. Ele ainda estava com vida”, relatou.
Edinelson Gomes de Moraes, 43, faz o transporte de mercadorias na feira há mais de 20 anos, e afirma que Moyses não era conhecido na área e que acredita que a falta de experiência pode ter sido um dos fatores principais que causaram a morte.

 “Esse tipo de acidente acontece muito aqui na feira. Comigo, por exemplo, já aconteceu, mas temos que saber que quando caimos de uma lancha temos que nos afastar dela quando continua ligada, pois os cortes que a hélice provoca são muito perigosos”, afirmou.
 
Segundo Edinelson, a demora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também dificultou o salvamento. “É um absurdo a demora do Samu. Esperamos por mais de uma hora a chegada da ambulância e ele não resistiu aos ferimentos. Um rapaz até tentou reanimá-lo, mas foi em vão”, disse.

O outro vendedor, Simão Peixoto, 42, relata que todas as vezes que acontecem acidentes no Centro o socorro demora. “É imperdoável uma pessoa morrer nessas circunstâncias e em plena capital. Se fosse no interior ainda teriam desculpas a dar”, desabafou.

O delegado titular do 1º Distrito Integrado de Policia (DIP), Marcelo Martins, foi ao local do acidente apurar o fato e tentar entrar em contato com a família da vítima. Segundo ele, foi encontrado no bolso de Moyses um telefone e alguns documentos bancários. 

“Não tivemos sucesso em nenhum telefone que encontramos na agenda da vítima. Provavelmente ele estava de passagem no local e não morava na capital”, pontuou.

 ANA PAULA SENA.


a critica.com

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