AMAZONAS (AM) - Trinta e cinco municípios amazonenses já decretaram estado de alerta
para os riscos de enchente e outros problemas ocasionados pela subida
das águas em seus respectivos territórios, segundo levantamento realizado pela
Associação Amazonense de Municípios (AAM), no último final de semana junto aos
órgãos e representantes das prefeituras. Em outros sete foram decretadas
situação de emergência e 18 cidades – incluindo Manaus – foram classificadas
como “estado de normalidade”.
Até o momento, apenas Boca do Acre (na região do
Purus) decretou calamidade pública no Estado e não foi possível obter os dados
referentes a Alvarães (530 Km da capital).
O presidente da AAM e prefeito de Manaquiri, Jair
Souto, explica que na prática, o “estado de alerta” é uma orientação inicial
para que o poder público e a população tomem medidas preventivas quanto a cheia
que se aproxima, como por exemplo, não transitar em determinadas áreas da sede
do município ou das zonas rurais sujeitas a riscos e preparativos para
possíveis resgates.
“No estado de emergência, o município pode pedir
auxílio de recursos da União para reparar os estragos provocados”, acrescenta
Souto, destacando que a AAM está acompanhando atentamente a situação (este é o
segundo levantamento divulgado pela entidade sobre as conseqüências da temporada
de chuvas nos municípios amazonenses em 2012) e atua na orientação e ligação
dos gestores – principalmente das sedes mais distantes da capital – com órgãos
como a Defesa Civil e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) entre outros. De
acordo com o levantamento, a situação é mais grave nas calhas do Purus – onde
além de Boca do Acre (em calamidade pública), os outros quatro municípios,
Canutama, Lábrea, Pauniní e Tapauá, estão em estado de alerta – e do Juruá.
Na região que compreende Carauari, Eirunepé, Envira,
Guajará e Itamarati, todos já estão sob estado de emergência, com exceção do
último que está em alerta. No Baixo Amazonas, apenas Urucará está em situação
normal.
Por outro lado, nas calhas do Madeira, do Médio
Amazonas e do Alto Rio Negro, de um total de 15 municípios, apenas quatro estão
em “alerta” e um decretou emergência (Itacoatiara).
Jair Souto lembra ainda que além dos fatores
sociais como aumento no número de desabrigados, falta de alimentos e recursos
em geral, a economia do interior, sofreu grandes abalos. “Temos relatos que em
algumas regiões, mais de 50% da safra agrícola está perdida”, alerta o
prefeito.
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